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DOCUMENTOS DA IGREJA


As CEBs propõem-se um jeito de ser Igreja que preza dois aspectos essenciais de uma comunidade cristã: a comunhão e a participação (duas bandeiras levantadas e assumidas em Puebla). Neste sentido, é relevante para elas o reconhecimento por parte do episcopado e de toda a Igreja Universal. As CEBs como a menor expressão eclesial, não pode deixar de estar ligada às outras comunidades e conseqüentemente a seus pastores e a todo o Povo de Deus.
Neste contexto, a Igreja não somente “aprovou” esta maneira de constituir –se comunidade, como também recomendou e no caso da Igreja no Brasil e na América Latina, a assumiu como “centros de evangelização e motores de libertação e desenvolvimento”[1].

Por isto, é muito importante, seja para resgatar e fortalecer nossa identidade, seja para melhor compreender o papel evangelizador que é próprio das Comunidades, conhecer aquilo que nossos pastores têm a dizer desta sempre nova experiência eclesial.

CONCÍLIO VATICANO II

Mesmo não se dirigindo explicitamente às Comunidades Eclesiais de Base, em cujo período conciliar estavam em fase de germinação, a nova mentalidade trazida pelo Concílio Vaticano II, deu margem ao trabalho posterior elaborado pelas CEBs.

-          No reconhecimento do papel indispensável dos leigos (...)
-          Na concepção de uma Igreja Ministerial (LG e AA)
-          No entendimento da missão profética da Igreja (GS)

CONFERÊNCIA DE PUEBLA

Neste encontro dos Bispos da América Latina, ficou claro o papel e a natureza das Comunidades Eclesiais de Base e o seu reconhecimento como Igreja “celular”, básica.
Reconhece que as comunidades, sobretudo as CEBs, proporcionam maior inter-relacionamento entre as pessoas que a ela estão ligadas, e ajudam no amadurecimento da fé, gerando compromissos de transformação pessoal e social, tudo isso a partir das luzes do Evangelho.[2]
Os bispos em Puebla percebem a força de renovabilidade das pequenas comunidades que favorecem uma “conversão da paróquia”, que se abre para a comunhão com as demais paróquias da diocese a que pertencem. Também, estas mesma paróquias setem a “necessidade” de criar núcleo menores para a vida comunitária de seu povo.[3]
“Conceitua” a comunidade eclesial de base enquanto
“Integradora de famílias, adultos e jovens, numa íntima relação inter-pessoal na fé.”
Sendo “comunidade de fé, esperança e caridade; celebra a Palavra de Deus e se nutre da Eucaristia.”
“Realiza a Palavra de Deus na vida, através da solidariedade e do compromisso com o mandamento novo do Senhor e torna presente e atuante a missão eclesial e a comunhão visível com os legítimos pastores, por intermédio do ministério de coordenadores aprovados.”[4]

Se percebe claramente em Puebla o desejo de tornar as CEBs uma experiência fundamental para os cristãos. D. Pedro Casaldáliga falava numa reunião de assessores que as CEBs são “o jeito normal” de a Igreja ser. Isto não significa uniformidade, mas se reconhece nelas aquele desejo original das primeiras comunidades da vida em comum. As outras instituições ligadas à Igreja diocesana e paroquial não são descartadas, mas direcionadas a essa “necessidade eclesial primária”: ser comunidade. No caso da América Latina, Puebla vê nas CEBs o encarnar deste “espírito comunitário”.

[1] DP 96
[2] DP 629
[3] DP 632
[4] DP 641.

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